Naquele Domingo, as nuvens tinham resvalado do céu e as ruas jaziam submergidas sob uma lagoa de neblina ardente que fazia suar os termómetros nas paredes.
A escadaria de pedra subia de um pátio palaciano até uma reticula fantasmagórica de galerias e salões…
Em Zafón, nada é tão simples como parece, os céus desprendem-se e descem às ruas, que por sua vez não se limitam a estarem lá, mas jazem… depois o mesmo céu que se desprendeu entra-nos casa a dentro para fazer suar os termómetros nas paredes. O que simplesmente nos quer dizer que estava um dia quente e húmido.
Os diversos elementos cénicos parecem ter a consciência do seu sentido dramático e do seu peso no desenrolar da história, e tomam parte na ficção num estilo pesado, rebuscado e feérico.