A apresentação do A Desilusão de Judas na octogésima segunda Feira do Livro de Moura contou com uma brilhante apresentação do prof. Paulo Reis Godinho, que me deixou o mote para a minha apresentação.
O Paulo referiu a coerência do personagem e a forma como a história foi construída. Segundo ele, hoje, muitos autores abordam o catolicismo, em particular na sua vivência paroquial, para o criticar, quase sempre de uma forma demasiado previsível.
Encontrou, neste A Desilusão de Judas, uma crítica bem construída e humorada. Uma escrita que conduz a desenlaces, não previsíveis, que colocam sempre um desafio ao leitor. Referiu ainda o lado cultual colocado em cada morte, como se de um acto de justificação se tratasse, numa ética e religiosidade coerentes com o personagem criado.
Um livro acessível mas, curiosamente, com uma linguagem culta e um nível de escrita que brinca entre o calão e o erudito, sem nunca deixar de ser esteticamente belo.
Uma leitura diferente… mas concordo, sim senhor!
“escrita que brinca entre o calão e o erudito” – muito bem caracterizado!
…tive a honra de apresentar o teu livro. Tenho a honra de ter como amigo e, saber que a palavra “desilusão” é apenas título e arquitectura de uma ecrita que admiro. Aguardo pelo próximo…aliás, julgo saber que está quase no prelo.
muito bem.