A poesia do José Luís Outono é a do olhar enamorado sobre os grandes espaços e sobre o outro, e, mesmo quando parece zangar-se, exprime-se numa contrariedade enamorada.
Em “Mar de Sentidos”, nos poemas sobre Lisboa (Alfama), existe um diálogo que está para além desse olhar enamorado. Um momento em que o poeta se questiona. Já não é mais o outro ou os grandes espaços, abertos, é ele próprio em busca de respostas que só podem ser encontradas no íntimo de cada um.
No dia 19, no Palácio da Independência, teve lugar o seu lançamento. Neste vídeo deixo um pequeno testemunho desse momento.
…estive à tua esquerda, olhando o teu dissertar poético, elogiando a poesia, dizendo o sentir após leituras de um livro que nasceu.
É reconfortante ouvir dizer que o poeta é um apaixonado da palavra…e, que o ciclo do seu escrever é um mar de sentidos sempre renovado…mesmo na revolta da vitória inglória.
Saí da apresentação com o dever de poesia partilhada, com os versos frutados, quer teus, quer do poeta e amigo Joaquim Pessoa. Resta-me aguardar o silêncio das leituras que chegam e, trazem novas do meu almejo.
Oxalá, possamos ainda colorir muitas manhãs de sonho…com as vontades criativas da nossa lavra em folhas sedentas d’alma…OXALÁ!
Fico muito feliz por te teres sentido confortável à esquerda… as conversões sempre se fizeram pela força indizível das palavras. Uma abraço amigo para ti e para o Joaquime Pessoa que me deu a honra de nos sentarmos à mesma mesa da palavra. Ambos à tua esquerda.
Não consegui estar presente como desejei
Tudo pelo melhor
muito bem.