Um encontro casual entre dois franceses num bar em Amsterdão desencadeia um monólogo em forma de diálogo iludido. Intuímos o que outro diz, pensa ou reage, sem lhe escutarmos a sua voz ou dele termos uma descrição. O domínio da narrativa que, na primeira pessoa, pertence a Jean-Baptiste Clemence, o juiz penitente, leva-nos num passeio pelo seu mundo e pela expiação das suas culpas.
Ele que se proclama: “Eu sou o fim e o começo, anuncio a lei.”