“Terra e mar são sítios que dizemos.
Outros há sem nome e sem morada – desertos”
Começa assim o livro de Licínia Quitério, um livro de sítios, de todo os sítios, dos que se alcançam pelo trabalho da palavra. Em cada poema existe uma “paisagem absurda” e nessa paisagem se inscrevem palavras; não nomeiam, não descrevem, são palavras obreiras de outras realidades. E a realidade de hoje corresponde aos “dias do cerco”, à “pele atormentada do pântano”, onde a voz do poeta se destaca como construtor da nova metrópole, a que se avizinha, procurando ir sempre “Mais alto, que a terra é pouca e o céu é vasto”.
Os poemas nascem, “Pedra a pedra, homem a homem, dor a dor, chicote a chicote…”, porque os sítios permanecem para além da memória do nome que lhe demos.
A nossa Licínia
sempre
António,
apenas para lhe desejar, a si e aos seus, um excelente 2013.
Beijo fraterno e amigo,
Mel