A palavra na poesia de José Luís Outono é um mar crescente, palavra repetida de si próprio, sorrisos de páginas livro, amor casulo, naufrágio.
Poetar simples d’alma vontade, olhar atento sobre a cidade de Lisboa, berço de sentires e de histórias, espaço relação do autor com a vida. Onde este amadureceu na escrita e nos afectos, em algumas vitórias inglórias, de que a saudade não redige a história.
A palavra amizade escrita na estória dos tempos, onde o fluir de leituras casa prazeres livro.
A palavra olhar, o sentir corpo redactorial e a obra nasce, nem que seja nos compassos das calçadas da viela vida, onde perguntamos diariamente o presente com cheirinho de amanhã.
O livro “MAR DE SENTIDOS” é uma obra poética, que reporta a um período de criatividade , nos últimos vinte anos.
Apresenta pela primeira vez, prosa poética, que poderá indiciar um novo ciclo nos futuros trabalhos. Quem sabe, juntando outra arte às palavras que se mostram.
Neste livro, juntam-se três formas de poetar. O rasgar da palavra, nos sulcos do amor humano e de ( im) possível partilha a dois, a eterna observação do mar cúmplice e, a visão urbana e paisagista de momentos próprios.
Grato, pelo apoio incondicional.
Esse novo ciclo que se sucede ao ciclo velho, encerrante, mas que não se deixa minguar, é uma luta entre dois gigantes. Ao poetar da palavra que rasga sulcos no mais profundo do sentir humano, onde muitos, dizem, se encontra a alma, sucede-se (será?) um deslizar mais suave da palavra. A mais ténue das marés eleva o mais pesado dos navios. Não precisamos de rumos novos, apenas o deslizar da tua palavra…