Tal como os Patriarcas falavam directamente com o indizível, o poeta possui o dom de religar e a consciência da sua própria natureza, o que lhe impede de se remeter a um divertimento linguístico. O seu dizer não é lúdico, é libertador, mestre na arte da transformação. Consciência que lhe vem desde a origem do tempo, onde todo o anúncio começou. Cabe-lhe afirmar: Impedi em cada verso o fim do mundo, não posso fazer mais… O anjo Gabriel é a poesia que daí emana.
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Bons olhos te leiam o Implume! Perdi o estado de poesia, agora sou todo prosa. Hoje recebi uma prenda de Natal: um colega ofereceu-me uma fotocópia duma pág do Desassossego onde o Doido faz uma reflexão genial acerca da prosa e da poesia. Ainda estou tão embasbacado com o texto que nem poesia, nem prosa me saem!
Um abraço em Pessoa dum puto velhão