“Num castelo veloz, planando sobre as águas do Tejo, entreguei-me ao primeiro livro de Williams.”
O Tejo é o elemento fundador desta narrativa, é espaço de aprendizagem que une duas realidades. Uma cidade para a racionalidade e ao mesmo tempo para conjecturas de transgressões. A outra é o local de recolhimento, de conforto, o espaço para os seus e para Deus.
Numa linguagem abundante e fluida o autor vai construindo o labirinto onde a sua personagem entra sem levar pela mão o fio de Ariadne. Com mestria, o leitor é levado a avançar na leitura com a inquietação sempre presente.
À personagem principal caberá encetar uma cruzada cujo pecado implícito só será expiado pela literatura.
António Ganhão colabora, apresentando e moderando, as sessões Muito Cá de Casa, na casa da Cultura de Setúbal.
É crítico literário e escritor.
Fátima R. Santos, 10 de setembro de 2013 em Ler de Carreirinha